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sexta-feira, 15 de maio de 2020
Curta a Nossa Página e Baixe - Doutrinas Bíblicas - William Carey Taylor
Livro raríssimo escrito pelo erudito e saudoso Prof. Dr. William Carey Taylor, grande exegeta do Novo Testamento.
segunda-feira, 11 de maio de 2020
A PERSEVERANÇA DOS SANTOS
A Parábola do Semeador
(Mateus 13:1-9, Marcos 4:3-9 e Lucas 8:4-8)
Os iluminados por Deus podem entender e compreender toda obra salvífica de Deus. Isaías, Jeremias e Paulo puderam ver a obra de Deus com mais clareza, por que eram salvos. Deus sempre trabalhará a favor de seus escolhidos, não permitindo que se desviem. A perseverança dos santos está ligada com a vontade soberana de Deus. Para muitos teólogos reformados a santificação também é obra de Deus. Mas enquanto não glorificados estamos sujeitos ao pecado, todavia a graça de Deus é atuante nos escolhidos, pois há algo na natureza dos salvos que responde ao convite do Espírito Santo para se manter fiel. "Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus". Homens injustos que provaram da graça de Deus, mas não se converteram nunca foram realmente salvos. Se infiltram como lobos no meio das ovelhas para simplesmente comercializarem e arrancar suas gorduras. Homens amantes de si mesmos, nunca realmente salvos, mas joios no meio do trigo. Incapazes de amar, incapazes de demonstrar a verdadeira piedade. Amantes dos deleites e luxos desta vida. Amantes do dinheiro e desprezadores do Reino de Deus.No Reino de Deus não entram tais homens, "Apartai-vos de mim que nunca vos conheci! Praticai a iniquidade". O Reino de Deus está naqueles humildes e simples, que não amam o presente século, mas as suas mentes estão nos céus e no amor sem interesse ao seu próximo.
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sexta-feira, 8 de maio de 2020
SIMBOLOGIA BÍBLICA I
SIMBOLOGIA BÍBLICA I
Madeira de Acácia (ou cetim):• Era encontrada no deserto do Sinai e ao redor do Mar Vermelho. Era uma
madeira dura e não destruída por insetos. Ela simboliza a humanidade de
Cristo, sem aparência, nem formosura, mas não corrompida pelo pecado (SI
16.10). Cristo é chamado em Is 4.2 de "fruto da terra".
Bronze:
• Foi o metal escolhido para esta finalidade por ser altamente resistente a alta
temperatura. Bronze é uma liga de cobre e zinco. Ele representa juízo,
sofrimento ou julgamento (Dt 28.23; Dn 10.6; Ap 2.18; SI 89.14).
Prata
• É um símbolo da redenção (Zc 11.12; Mt 26.15,16). Ela representa o preço
pago por Cristo como resgate dos pecadores. Quando era feita a contagem
dos filhos de Israel, cada israelita pagava um resgate: meio siclo de prata.
Este preço era igual para todos, pobres e ricos (Ex 30.11-16).
Ouro
• Como metal precioso e nobre, o ouro representa a divindade. Ouro fala do
céu, da glória de Deus (Ap 3.18; Jo 22.25; Dn 10.5).
Linho
• O linho fino era fabricado no Egito. Era usado pela realeza e por pessoas de
destaque. Ele fala de pureza e santidade (Ap 19.6-8,14 , Is 64.6; 59.21).
Aponta para a retidão de Cristo, o cordeiro imaculado (I Jo 3.3-5).
Sangue
O sangue é símbolo de vida ou alma. É um elemento de renovação da vida e de
expiação.
Sangue como culpa:
• Falando de crucificar a Cristo, disseram os judeus: "Caia sobre nós o seu
sangue, e sobre nossos filhos!" (Mt 27.25).
Sangue como expiação:
• “Temos a redenção, pelo seu sangue" (Ef 1.7);
• "Sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira" (Rm 5.9).
Sangue da aliança:
• "Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna"
"minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida". Ver
Mt 26.27-29; Jo 6.48-63.
Sangue e azeite
• “Então tomarás do sangue que estará sobre o altar, e do óleo da unção...” Êx
29.21 - Sangue expiador, que leva o homem a Deus; e azeite que é o símbolo
do Espírito Santo, e que traz o poder de Deus ao homem.
Carne
Submissão:
• "E vos darei coração de carne" (Ez 36.26);
Concupiscência:
• "Andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne" (Ef 2.3);
Humanidade
• "Aquele que foi manifestado na carne" (1 Tim. 3.16);
Legalismo
• "Tendo começado no Espírito, estejais agora vos aperfeiçoando na carne?"
(Gl 3.3).
Vestidos
Demonstram qualidades morais e espirituais.
Vestes inadequadas:
• Homem reprovado e lançado fora que entrou para o banquete real sem a
veste nupcial (Mt 22.11-13).
Vestes brancas:
• Pureza e santidade (Is 52.1; Ap 3.4; Zc 3.3);
• Sinal de favor e amizade (lSm 17.38).
Vestes de salvação:
• “Regozijar-me-ei muito no Senhor, e a minha alma se alegra no meu Deus
porque me vestiu de vestidos de salvação, me cobriu com o manto de
justiça” (Is 60.10).
Livro
• Inauguração do reino (2 Reis, 11.2);
• Memória em que estão os redimidos (Apoc. 3:5);
• Ser riscado, perda de cidadania ((Sl 69.28; Ap 13.8).
• Aberto, princípio de um juízo. (Apoc. 20:12.)
Árvore
Árvore da vida
• Símbolo de felicidade (Pv 3.18; 11.30; 13.12; 15.4);
• Símbolo de realidade espiritual (Ap 22.1-5);
• Altas, governantes. (Ezeq. 31.5-9);
• Baixas, povo comum. (Apoc. 7.1; 8:7.)
Fogo
• Jeová (Êx 19.18, 24.17; Sl 18.8).
• Palavra de Deus (Jr 23.29; Hb 3.5);
• Destruição (Is 42.25; Zc 13.9);
• Purificação (Ml 3.2);
• Perseguição (1 Pedro 1.7);
• Castigo e sofrimento (Mar. 9.44.).
Considerações sobre os elementos reais
O linho fino simboliza a justiça real; o ouro, a glória de Deus; a prata resgate; o
cobre resistência ao fogo que, por sua vez, é símbolo do Juízo divino; o óleo ou azeite, o
Espírito Santo; o incenso orações; o sal, influência preservadora; o fermento, a
tendência corruptora do pecado, e há centenas de outros símbolos.
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quinta-feira, 7 de maio de 2020
FIGURAS DE LINGUAGEM NO TEXTO BÍBLICO
Hermenêutica – Prof. Márcio Ruben
FIGURAS DE LINGUAGEM NO TEXTO BÍBLICO
Metáfora: é a figura em que se afirma que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, ou com o que se compara. (Zc.3.8).
Símile: também afirma que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, sendo que apresenta um elemento comparador. (Is.53.2).
Metonímia: o emprego do nome de uma coisa pelo de outra com que tem certa relação (Gn.25.26; Lc.16.29; Gn.41.13; Jó.32.7)
Sinédoque: a substituição de uma ideia por outra que lhe é associada (Mt.3.5; 6.11; Gn.3.19; 19.20).
Hipérbole: É a afirmação em que as palavras vão além da realidade literal das coisas (Dt.1.28).
Ironia: É a expressão dum pensamento em palavras que, literalmente entendidas, exprimem sentido oposto (Gn.3.22;Jz.10.14; Jó.12.2; Mt.27.40).
Prosopopeia: É a personificação de coisas ou de seres irracionais (Sl.35.10; Jó.12.7; Gn.4.4).
Antropopatia e Antropomorfismo: São as linguagens que atribuem a Deus ações e faculdades humana ou até órgãos e membros do corpo humano (Gn.8.12; Sl.74.11).
Enigma: É a enunciação duma ideia em linguagem difícil de entender. (Jz.14.14)
Parábolas: É uma forma de história colhida da natureza ou de ocorrências diárias normais, que lança luz sobre uma lição moral ou religiosa.
FIGURAS DE LINGUAGEM NO TEXTO BÍBLICO
Metáfora: é a figura em que se afirma que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, ou com o que se compara. (Zc.3.8).
Símile: também afirma que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, sendo que apresenta um elemento comparador. (Is.53.2).
Metonímia: o emprego do nome de uma coisa pelo de outra com que tem certa relação (Gn.25.26; Lc.16.29; Gn.41.13; Jó.32.7)
Sinédoque: a substituição de uma ideia por outra que lhe é associada (Mt.3.5; 6.11; Gn.3.19; 19.20).
Hipérbole: É a afirmação em que as palavras vão além da realidade literal das coisas (Dt.1.28).
Ironia: É a expressão dum pensamento em palavras que, literalmente entendidas, exprimem sentido oposto (Gn.3.22;Jz.10.14; Jó.12.2; Mt.27.40).
Prosopopeia: É a personificação de coisas ou de seres irracionais (Sl.35.10; Jó.12.7; Gn.4.4).
Antropopatia e Antropomorfismo: São as linguagens que atribuem a Deus ações e faculdades humana ou até órgãos e membros do corpo humano (Gn.8.12; Sl.74.11).
Enigma: É a enunciação duma ideia em linguagem difícil de entender. (Jz.14.14)
Parábolas: É uma forma de história colhida da natureza ou de ocorrências diárias normais, que lança luz sobre uma lição moral ou religiosa.
terça-feira, 5 de maio de 2020
NOTAS DO LIVRO AS EXIGÊNCIAS DO REINO
“O REINO É OBRA
DE DEUS E NÃO
DO HOMEM”
NOTAS
DO LIVRO AS EXIGÊNCIAS DO REINO
COMPREI
ESTE
LIVRO
RARO
E ANTIGO NUMA FEIRA DE LIVROS
USADOS
NO
RIO
DE JANEIRO.
AS
OBSERVAÇÕES DO AUTOR SÃO BENÇÃOS DE DEUS PARA NÓS.
POSTO
ALGUMAS DE SUAS PRECIOSAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O REINO.
ALUNOSTEOLOGIA.COM
#PROFMARCIORUBEN
baixar notas em pdf
domingo, 3 de maio de 2020
A PREGAÇÃO À LUZ DA TEOLOGIA
A PREGAÇÃO À LUZ DA TEOLOGIA
ALGUÉM VAI ME DIZER: POSSO PREGAR SEM TEOLOGIA. EU DIGO: SIM. TODAVIA A HISTÓRIA DA IGREJA E A PRÁTICA CRISTÃ JÁ DEMONSTRARAM QUE A FALTA DE UMA TEOLOGIA CLARA, DE UMA DOUTRINA TEOLÓGICA, LEVA NO MÍNIMO A UMA HERESIA. TAMBÉM A CONTRADIÇÕES PRÁTICAS: NÃO SABE O QUE PREGA, PREGA O QUE NÃO SABE. NÃO TEM PADRÕES, IGNORA AS VERDADES FUNDAMENTAIS DA BÍBLIA. QUE PENA QUE A FALTA DE PADRÕES TEOLÓGICOS TEM EMPOBRECIDO A PREGAÇÃO DO SÉCULO XXI. FALA-SE DE TUDO MENOS DE CRISTO, FALA-SE DE TUDO, MENOS DAS VERDADES FUNDAMENTAIS DA BÍBLIA, DA FÉ CRISTÃ.
DIDAQUÊ - INSTRUÇÃO
Didaqué (50-70)
Primeiro dos escritos integrados nos denominados “padres apostólicos”. No original grego, seu título completo é “A instrução do Senhor aos gentios através dos doze apóstolos”. Breve resumo da doutrina de Cristo tal como a ensinaram os apóstolos às nações.
Publicado em 1883 pelo metropolita grego de Nicomédia, Filoteo Bryennios, de um códice grego em pergaminho, a Didaqué é o documento mais importante da era pós-apostólica e a mais antiga fonte de legislação que possuímos. De autor desconhecido e objeto de inumeráveis estudos, sua composição pode ser datada entre os anos 50-70 da era cristã. Outros a reportam aos pirmeiros anos do séc. II. Essa obra vem a ser “o código eclesial mais antigo, protótipo venerável de todas as coleções posteriores de Constituições ou cânones apostólicos com que começou o direito canônico no Oriente e no Ocidente” (Quasten).
O livrete está dividido em 16 capítulos, nos quais se distinguem claramente duas partes principais. A primeira (c. 1-10) apresenta instruções litúrgicas; a segunda (c. 11-15) compreende normas disciplinares. A obra termina com o capítulo sobre o advento do Senhor e sobre as conseqüências que este tem sobre a vida dos cristãos. Se julgamos somente pelo título, poder-se-ia acreditar que a Didaqué contém a pregação evangélica de Cristo. Melhor: é um compêndio de preceitos morais de instruções sobre a organização das comunidades e de ordenanças relacionadas às funções litúrgicas, sobretudo a Eucaristia, o Batismo, os profetas, os bispos etc. São muito interessantes os princípios de caridade e de assistência social expressos na Didaqué: esmola, obrigação de ganhar a vida com o próprio trabalho.
A Didaqué gozou de tanto respeito e reverência na Antigüidade que muitos chegaram a considerá-la tão importante quanto os livros do Novo Testamento.
BIBLIOGRAFIA: Padres apostólicos. Edição bilíngüe completa, Texto da Didaqué S. Paulo (Paulus); BAC. Madrid 51985, 30-98.
DOWNLOAD
Leia mais: https://historiadaigreja-com.webnode.com/d/didaque-50-70-/
Introduction to the New Testament - Louis Berkhof
Louis Berkhof
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Louis Berkhof | |
---|---|
Nascimento | 14 de outubro de 1873 Drente, Países Baixos |
Morte | 18 de maio de 1957 |
Ocupação | Teólogo |
Religião | Cristão, Calvinista |
Louis Berkhof (14 de outubro de 1873 - 18 de maio de 1957) é um teólogo sistemático reformado cujas obras têm sido muito influentes na teologia calvinista da América do Norte e da América Latina. Sua Teologia Sistemática tem sido, durante décadas, o livro-texto utilizado em muitas faculdades protestantes de teologia no Brasil. Ele nasceu nos Países Baixos e mudou-se, ainda pequeno, para os Estados Unidos.
Teólogo reformado que nasceu na província holandesa de Drenthe. Os pais de Louis Berkhof pertenceram ao partido separatista pietista-ortodoxo (1834) da Igreja Reformada. (A teologia de Berkhof baseia-se mais em Herman Bavinck, do que compartilha deste grupo regional e religioso). A família emigrou para os Estados Unidos da América em 1882, estabelecendo-se em Grand Rapids, Michigan, onde Louis dedicou o restou de sua vida. Em 1900, ele graduou na Escola de Teologia da Igreja Cristã Reformada, em Grand Rapids, e entre os dois pastorados nesta denominação, fez em dois anos (1902-1904) um trabalho de pós-graduação em teologia no Seminário Teológico de Princeton. Em 1906, foi indicado para o Seminário Grand Rapids (posteriormente Seminário Teológico Calvin), onde serviu o restante de sua carreira como professor de teologia bíblica (1906-1914), de Novo Testamento (1914-1926) e teologia sistemática (1926-1944). De 1931 a 1944 ele serviu como presidente daquela instituição.[1]
Em seus anos iniciais no Seminário Calvin, Berkhof seguiu a linha do primeiro ministro holandês e teólogo reformado Abraham Kuyper, em sua veemente crítica do “individualismo revolucionário” e na afirmação da necessidade de se cumprir o mandato cultural. Berkhof publicou vários livros aplicando princípios calvinistas às questões sociais como o industrialismo e o impacto da redenção na sociedade e na cultura, ele também argumentou que isso precisava ser feito em separado, nas organizações distintamente cristãs.
Por volta de 1920, Berkhof ajudou a purificar a Igreja Cristã Reformada [CRC – Christian Reformed Church] da influência recebida do Dispensacionalismo fundamentalista e da alta crítica modernista. Este último combateu-o como sendo um erro mais grave. Conseqüentemente a segunda metade de sua carreira, ele devotou para articular um consenso na teologia reformada, e foi marcado por uma consistente agenda anti-modernista. Berkhof produziu a sua monumental obra no início dos anos 1930: Reformed Dogmatics[2] (1932; e posteriores edições com o nome de Systematic Theology[3]), e a sua versão popular simplificada com o nome de Manual of Reformed Doctrine[4] (1933). Estas obras refletem a influência do seu mentor de Princeton, Gerhardus Vos, e de Bavink e de sua Gereformeerde Dogmatiek[5] (1906-1911), Berkhof seguiu-a em formato, substância e muitos outros detalhes. Em todas as suas obras apresenta a sua extensa tradição teocêntrica. Toda a iniciativa, virtude e certeza residem em Deus; tudo o que é oposto, procede da humanidade. De acordo com isto, a tarefa da vida é obedecer à autoridade divina, que é apresentada ao ser humano, de modo apropriado na Escritura. Para a teologia, em particular, Berkhof insistiu que a Escritura é a única fonte e norma. A razão humana, a experiência ou a tradição da igreja não poderiam suplementá-la, nem afetar a sua leitura. Berkhof erigiu sobre este baluarte a sua teologia sistemática, inclinando-se para uma linha moderada sobre temas da controvérsia calvinista e, reprovando as propostas modernistas.
Berkhof rejeitou um rigoroso racionalismo sobre a Bíblia e a ortodoxia, mas apresentou uma estrutura racionalista da própria mente. Somente a fé poderia apropriar-se da verdade salvadora da revelação, mas a razão tem o trabalho de arranjar estas verdades numa unidade sistemática que é vital. Idéias ditam ação, e a verdadeira experiência cristã segue formulações doutrinárias. Assim, após 1920, Berkhof em grande parte desistiu de seu talento anterior de comentários sócio-culturais e, concentrou-se de vez na criação de uma fortaleza teológica voltada para o grupo que enfrentou em tempos conturbados. O alcance e rigor de sua obra, bem como o seu apelo vão além de sua audiência original (particularmente entre os evangélicos de uma persuasão geralmente reformada), apresenta a força de sua tradição e o talento com o qual ele a defendeu.
NOTAS: [1] Isto significa que Louis Berkhof faleceu aos 83 anos. Pastoreou 2 igrejas locais, e posteriormente exerceu a docência durante 38 anos, chegando a escrever 22 livros. Nota do tradutor. [2] Publicada originalmente em 2 volumes: o primeiro tomo era um manual de história da doutrina, e o segundo um manual de doutrina, que, posteriormente foi ampliado e publicado como volume autônomo com o nome de Teologia Sistemática. O volume de história da doutrina foi publicado, em 1992, pela Editora PES com o nome de A História das Doutrinas Cristãs, seguindo o modelo de edições inglesas anteriores. Nota do tradutor. [3] Publicada inicialmente pela LPC em 1990, e atualmente pela Editora Cultura Cristã com o título de Teologia Sistemática. [4] O CEIBEL publicou este livro com o nome de Manual de Doutrina Cristã, apelidado de “Berkhofinho”. [5] Dogmática Reformada. Nota do tradutor.
Extraído de D.G. Hart & Mark A. Noll, eds., Dictionary of the Presbyterian & Reformed – Tradition in America (Phillipsburg, P&R Publishing, 2005), págs. 32-33
Vida de Jesus - Ernest Renan
Ernest Renan (1823-1895)
A vida e a obra de Renan podem ser estudadas longe da polêmica e da paixão que suscitaram em seu tempo. O “escândalo Renan” e seu impacto na Igreja da França, e com efeito em toda a Igreja, pode ser explicado desde uma perspectiva da própria pessoa e da época que lhe tocou viver: o séc. XIX. Protagonizou uma das grandes preocupações de seu tempo: o antagonismo entre ciência e religião. Seu pensamento filosófico foi uma curiosa amálgama de positivismo e religiosidade, que terminou em ceticismo.
Depois de sua ruptura com a Igreja em 1845, a obra filológica, histórica e crítica de Renan inspirou-se constantemente num positivismo exaltado. “A ciência e somente a ciência pode dar à humanidade aquilo sem o qual não pode viver, um símbolo e uma lei”, escrevia em sua primeira obra O porvir da ciência (1848). Via o fim último da ciência na “organização científica da humanidade”. A religião do futuro será “o humanismo, o culto de tudo o que pertence ao homem, a vida inteira santificada e elevada a um valor moral”.
De acordo com o positivismo de Comte, o conhecimento positivo da realidade deve ter uma base experimental. Daí que o homem culto não possa acreditar em Deus. “Um ser que não se re-vela a si mesmo através de nenhuma ação é, para a ciência, um ser inexistente.” Na opinião de Renan, o Deus pessoal e transcendente da fé judaico-cristã ficara privado de toda base racional pelo desenvolvimento da ciência. Ficava somente o saber positivo acerca do mundo, obtido por meio das ciências naturais e de investigações históricas e filológicas. A ciência, em seu sentido amplo, substituíra a teologia e a metafísica como ciências de informação sobre a realidade existente. Dada a inverificabilidade do absoluto, Renan deriva para o ceticismo no campo religioso: “Não podemos conhecer o infinito, nem sequer se há ou não infinito, nem tampouco podemos estabelecer se há ou não valores objetivos absolutos”.
“A verdade é que podemos atuar como se houvesse valores objetivos e como se existisse um Deus.” “A atitude mais lógica do pensador ante a religião — diz — é proceder como se fosse verdadeira. Deve comportar-se como se Deus e a alma existissem. A religião entra assim na esfera de outras muitas hipóteses, como o éter, os fluidos elétrico, luminoso, calórico, nervoso e mesmo o átomo, dos quais sabemos perfeitamente que somente são símbolos, meios cômodos para explicar fenômenos; mas que, não obstante, mantemos”.
Essas idéias Renan levou-as ao campo do seu trabalho: o estudo da história, “verdadeira ciência da humanidade”. Assim seus primeiros estudos sobre Averróis e o averroísmo (1852) tendem a demonstrar que a ortodoxia religiosa impede, entre os maometanos, a evolução do pensamento científico e filosófico. Sua História das origens do cristianismo, composta de seis volumes, escritos entre 1863-1881, baseia-se inteiramente no pressuposto de que as doutrinas do cristianismo não podem ser valorizadas do ponto de vista do milagre ou do sobrenatural, mas como a manifestação de um ideal moral em perfeito acordo com a paisagem e com as condições materiais em que nasceu. O primeiro volume desta história é sua famosa Vida de Jesus (1963), na qual colocou um importante prólogo em 1866, quando alcançou a 13ª edição. Fiel a seus princípios de rejeitar toda idéia que suponha “mistério”, “milagre” ou “intervenção sobrenatural” nos processos religiosos, Renan apresenta em Jesus o “homem incomparável”, negando-lhe, porém, a condição de Filho de Deus. “Quaisquer que sejam os fenômenos que se produzam no porvir, ninguém sobrepujará a Jesus. Seu culto se rejuvenescerá incessantemente; sua lenda provocará lágrimas sem conta; seu martírio despertará a ternura nos melhores corações e todos os séculos proclamarão que entre os filhos dos homens não há nenhum nascido que se lhe possa comparar” (palavras finais da Vida de Jesus). “Aquela amálgama confusa de pressentimentos, aquela alternativa de decepções e de esperanças, rejeitadas incessantemente pela odiosa realidade, tiveram seu intérprete no homem incomparável a quem a consciência universal concedeu com justiça o título de Filho de Deus, posto que ele fez dar à religião um passo ao qual não pode e não poderá provavelmente comparar-se a nenhum outro” (Vida de Jesus, c. l).
A obra, como se sabe, foi violentamente atacada pela Igreja de seu tempo. Jesus ficava reduzido a um amável messias, pregador de uma mensagem de suprema moralidade, mas despojado de seu mistério profundo de salvador e verdadeiro Filho de Deus. O cristianismo era apresentado como uma evolução natural dos desejos e ânsias de Israel de perfeição e justiça. Nada mais.
Na mesma linha colocamos sua História do povo de Israel, obra em cinco volumes, sendo que os dois últimos apareceram depois de sua morte (1887-1893). Nela demonstra como se formara entre os profetas uma religião sem dogmas nem cultos. Por isso, “embora o judaísmo desaparecesse, os sonhos de seus profetas se tornariam verdadeiros, de forma que, sem um céu compensatório, a justiça existirá sempre na terra graças a eles”.
Temos de dizer, no entanto, que não foi o positivismo nem o ceticismo que mereceram as críticas e os aplausos a Renan. Foi seu estilo: “Essa capacidade de passar de um juízo a outro... essa atitude característica de aparentar saber tudo, e não ficar com nada, que o leva a rir e a duvidar de tudo, e a manter o ceticismo como a posição filosófica mais segura”. Teve o segredo de saber levar às massas e aos homens cultos de seu tempo tanto a desmistificação sobrenatural de Cristo e do cristianismo quanto a beleza suprema de sua pessoa e de sua doutrina na história da humanidade. Renan foi uma bandeira que arrastou amigos e inimigos, pois os interesses que representava eram definitivos para ambos.
BIBLIOGRAFIA: Oeuvres complètes de E. Renan, 10 vols. Edição de Henrriette Psichari, 1947; J. Pommier, La pensée religieuse de Renan, 1925; H. W. Wardman, E. Renan: A critical biography, 1964.
sábado, 2 de maio de 2020
Imitação de Cristo - Tomás de Kempis
Tomás de Kempis (1379-1471)
Nasceu em Kempen (perto de Colônia), daí o nome com que é conhecido: Tomás de Kempen ou Kempis. Em 1392 mudou-se para Deventer (Holanda), centro e casa matriz dos Irmãos da vida comum. Nessa escola, dedicada à educação e ao cuidado com os pobres, estudou suas primeiras letras. Aí mesmo estudou teologia sob a direção de Florenz Radwyns, que em 1387 fundara a congregação de Windesheim, de cônegos regulares agostinianos que viviam em comunidade sob a regra de Santo *Agostinho. Em 1408 fez seus votos religiosos no mosteiro de Agnietemberg. Em 1413 foi ordenado sacerdote. Durante mais de 70 anos permaneceu nesse mosteiro, dedicado à oração, à cópia de manuscritos e à direção de noviços.
Tomás de Kempis é o melhor representante da chamada “devotio moderna”, movimento religioso iniciado por Gerard Groote, e fundador dos Irmãos da vida comum. Esse movimento, que se estende por toda a Europa ao longo dos séculos XV-XVI, põe sua ênfase: a) na meditação e na vida interior; b) dá pouca ou menos importância às obras rituais e externas; c) não atende o aspecto especulativo da epiritualidade escolástica dos séculos XIII-XIV, para incidir no aspecto prático da vida cristã. Um movimento que influirá de forma decisiva em leigos e religiosos, principalmente na época imediatamente anterior e posterior à Reforma. Insiste sobretudo na conversão interior, na meditação da vida e paixão de Cristo e na freqüência aos sacramentos.
Fruto dessa espiritualidade, em que foi educado T. de Kempis, é sua obra mais conhecida, De imitatione Christi. Embora tenha-se discutido quem seja o autor do livro, este continua sendo atribuído a T. de Kempis, sem dúvida o livrete mais difundido da literatura cristã depois da Bíblia. Seu êxito inicial deve-se, sem dúvida, às mesmas características da devotio moderna, que então se inciava. De linguagem e estilo simples, tem a originalidade de pôr diante do cristão, clérigo ou leigo, a vida e o exemplo de Cristo.
— A Imitação de Cristo é uma obra dividida em 4 livros. I. Conselhos úteis para a vida espiritual, que, dividido por sua vez em 25 capítulos, em que se desenvolvem temas como: a imitação de Cristo e o desprezo a todas as vaidades; o humilde sentir de si mesmo; a doutrina da verdade; os afetos desordenados etc. II. Exortação à vida interior (12 capítulos). III. Do consolo interno que leva o estar centrado em Cristo (59 capítulos.).
IV. Do sacramento da eucaristía (18 capítulos.). Talvez alguém estranhe ou se decepcione com esse livro. Somente no 1º capítulo do livro I falase expressamente da imitação de Cristo. Seus chamados constantes ao auto-exame e à humildade, à autonegação e controle ou renúncia própria obscurecem um tanto a procura do modelo Cristo. Não obstante, é a via da renúncia a que leva a Cristo: “Tota vita Christi crux et martyrium fuit”.
Um livro imprescindível na história da espiritualidade cristã.
BIBLIOGRAFIA: Opera omnia. Colonia 1759. Existem inumeráveis traduções de A imitação de Cristo em português. Sobre a vida e espiritualidade de T. de Kempis, em Historia de la Iglesia Católica, III. Edad Nueva (1303-1648) (BAC); A. Royo Marín, Los grandes maestros de la vida espiritual (BAC). Leia mais: https://historiadaigreja-com.webnode.com/p/tomas-de-kempis-1379-1471-/
Karl Adam (1876-1966) - Cristo Nuestro Hermano
Karl Adam (1876-1966)
Teólogo católico alemão de grande influência na renovação teológica e espiritual do catolicismo anterior ao Concílio *Vaticano II. O nome de Karl Adam acompanha o de uma série de teólogos que, como *Guardini, P. Lippert na Alemanha, *Lubac, *Congar, Chenu na França, tratam de apresentar a profundidade e a atualidade do catolicismo. A obra de Karl Adam distingue-se por sua sábia popularidade, que apresenta, de forma acessível, o mais fundamental do cristianismo.
A atividade de Karl Adam esteve dirigida basicamente para o ensino da teologia católica na universidade de Tubinga (1919-1949). Muito sólida, sua obra escrita aparece principalmente em dois livros que fazem dele um clássico imprescindível: A essência do catolicismo (1924), que ganhou repercussão internacional; e Cristo, nos-so irmão (1926). Posteriormente ampliou e completou o tema com um novo estudo sobre Jesus Cristo (1933) e O Cristo da fé (1954). Tratou também o tema do ecumenismo: Una Sancta, em sentido católico.
Leia mais: https://historiadaigreja-com.webnode.com/adam-karl-1876-1966-/
Rudolf Bultmann 1884-1976
BULTMANN, RUDOLF (1884-1976)
Teólogo e escritor alemão. Estudou teologia nas Universidades de Tubinga, Berlim e Marburgo. Professor nesta última universidade desde 1921 até a sua aposentadoria em 1951. Muito discutido, tanto nos círculos protestantes quanto nos católicos, por sua interpretação dos Evangelhos, da pessoa histórica de Jesus e de sua mensagem, aplicou as normas da crítica histórica do século XX, assim como o “método das for-mas”, ao texto bíblico. Esteve em contato com as correntes filosóficas modernas, valendo-se, principalmente, da análise existencial de M. Heidegger. De imensa erudição e capacidade, é uma figura importante e discutida do pensamento cristão atual.
Seu pensamento está contido principalmente em A história da tradição sinótica (1922), na qual analisa os evangelhos à luz das diferentes formas. E no Novo Testamento e mitologia (1941), obra várias vezes revisada e publicada em dois volumes sob o título de Querigma e mito (1961-1962). Em 1927 surgiram uma série de ensaios e escritos menores de Bultmann com o título de Existência e fé, nos quais projeta sua visão cristã através do existencialismo.
Uma análise da doutrina de Bultmann leva-nos às seguintes conclusões: 1) Ceticismo quase absoluto sobre o valor histórico do Novo Testamento (NT). Para Bultmann, os evangelhos estão menos interessados na pessoa de Jesus e mais no período posterior à sua morte. Os evangelhos são simples construções convencionais posteriores. 2) O cristianismo atual enlaça com o primitivo somente pela aceitação do querigma, que aparece em Rm 1,3-4; 6,3-4; At 2,21-24; 1Cor 11,23-26. 3) Somente desta forma não podemos saber nada sobre a vida e a personalidade do “Jesus histórico”. Assim como *Barth, Bultmann reage contra a figura perfeita do Jesus histórico reconstruído pela teologia liberal do séc. XIX. É pouco o que sabemos e podemos reconstruir sobre a figura histórica de Jesus. As afirmações do NT sobre ele não se referem à sua natureza, mas à sua significação. 4) O tema central do evangelho é a morte e ressurreição de Jesus. A ressurreição não é um acontecimento objetivo, mas uma experiência viva que nos introduz numa nova dimensão da existência e nos liberta de nós mesmos — do pecado — para abrir-nos aos outros. Doutrinas tão básicas do cristianismo como a encarnação, morte, ressurreição e segunda vinda de Cristo dissipam-se numa interpretação existencialista da vida. A interpretação mítica dissolve-se num existencialismo que não deixa quase nada intacto no credo dos apóstolos.
A conclusão final de Bultmann é que o mito ou forma de pensamento em que aparece envolvido o Evangelho apresenta-nos uma versão manipulada e desfigurada de Jesus, Filho de Deus, que morreu e ressuscitou. Esse mito transmitenos um querigma, uma palavra divina dirigida ao homem, que este deve aceitar de maneira desmitificada, isto é, desprovida de sua proteção. O Cristo com que nos encontramos hoje é o Cristo da evangelização, não o Jesus da história. É o querigma desmitificado de formas do passado — todavia existentes na fé e na pregação de Jesus
— que nos obriga e nos defronta a uma opção entre uma vida autêntica e outra inautêntica.
Da doutrina de Bultmann deduz-se que a fé cristã deve interessar-se pelo Jesus histórico para centrar-se no Cristo transcendente do querigma. “A fé cristã é a fé no querigma da Igreja, pela qual se pode dizer que Jesus Cristo ressuscitou, e não fé no Jesus histórico.”
Todas as Igrejas, após reconhecer a boa vontade de Bultmann, rejeitam a postura radical do grande mestre. Sua doutrina permitiu reconstruir melhor o “Jesus histórico” e sua função dentro da teologia atual. Os mesmos discípulos de Bultmann evoluíram para uma nova hermenêutica e interpretação da forma lingüística da existência.
BIBLIOGRAFIA: R. Bultmann, Teología del NT. Salamanca 1981.
Palabras Griegas Del Nuevo Testamento - William Barclay
William Barcley (teólogo)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
William Barclay (5 de dezembro de 1907, Wick – 24 de janeiro de 1978, Glasgow) foi um escritor, apresentador de rádio e televisão, pastor da Igreja da Escócia e professor de divindade e crítica bíblica na Universidade de Glasgow. Era um universalista, e não acreditava em milagres.
Como professor, ele decidiu dedicar sua vida a "tornar disponível o melhor curso bíblico para o leitor médio". O resultado foi a Daily Study Bible, um conjunto de 17 comentários ao Novo Testamento, publicado pela Saint Andrew Press, a editora da Igreja da Escócia. Apesar do nome da série, os comentários não formavam um programa de estudo regular. Em vez disso, percorriam versículo por versículo da tradução do próprio Barcley do Novo Testamento, listando e examinando cada interpretação possível conhecida a ele e fornecendo toda informação complementar que ele considerou possivelmente relevante, tudo em linguagem acessível. Os comentários foram totalmente atualizados recentemente com a ajuda do filho de Barclay, Ronnie Barclay, e são agora chamados de New Daily Study Bible.
Apesar desse tipo de abordagem não agradar a todos, uniformemente, os 17 volumes foram best-sellers instantâneos e ainda o são hoje. Uma série complementar que dá um tratamento similar ao Velho Testamento foi endossada mas não escrita por Barclay.
Barclay escreveu muitos outros livros populares, sempe se fiando na erudição acadêmica mas escritos em um estilo acessível. Na sua obra, The Mind of Jesus (1960) ele escreve que sua intenção era "tornar a figura de Jesus mais viva, para que nós possamos conhecê-lo melhor e amá-lo mais".
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AGAPE26 Y AGAPAN25
LA MÁS GRANDE DE LAS VIRTUDES
La lengua griega es una de las más ricas, y tiene una facultad sin rival para expresar los
diversos matices del significado de un concepto, pues, como sucede con cierta
frecuencia, dispone de series completas de palabras para ello. Así, por ejemplo,
mientras el inglés dispone solamente de un vocablo para expresar toda clase de amor, el
griego tiene por lo menos cuatro. Agape significa amor, y agapan, que es el verbo,
significa amar. El amor es la más grande de las virtudes; la virtud característica de la fe
cristiana. Por tanto haremos bien en procurar descubrir todo el contenido de estas dos
palabras griegas cuyas características distintivas podremos conocer si las comparamos
con otras palabras griegas que también signifiquen amor.
1. El sustantivo eros y el verbo eran se usan principalmente para denotar el amor
entre los sexos. Aunque también pueden utilizarse para expresar la pasión de la
ambición o la intensidad de un sentimiento patriótico, característicamente son palabras
que se emplean con relación al amor físico. Gregorio Nazianceno definió ecos como "el
deseo ardiente e insufrible". Jenofonte, en la Ciropedia (5.1.11), tiene un pasaje que
muestra exactamente el significado de eros y eran. Araspas y Ciro están discutiendo
las diferentes clases de amor, y el primero dice: "Un hermano no se enamora de su
hermana, sino de otra; ni un padre se enamora de su hija, sino de cualquier otra mujer,
porque el temor de Dios y las leyes de la tierra son suficientes para impedir tal clase de
amor" (ecos). Notemos que estas palabras están predominantemente relacionadas con
el amor sexual. En castellano, el vocablo amante puede connotar cierta bajeza en la
forma de amar; y, en griego, el significado de las palabras que estamos estudiando
había degenerado a fin de representar hechos más vulgares. Es claro que el cristianismo
difícilmente podía haberse anexado estas palabras, por lo que no aparecen en absoluto
en el Nuevo Testamento.
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